Ela estava no jardim, caçando uma minhoca. Tentei fotografá-la, mas ela foi mais rápida, pegou a minhoca e escapou. Pousou numa pedra mais adiante. Novamente empunhei a máquina e novamente ela fugiu. Então continuei a caminhar e vi que estava pousada em um galho, com a minhoca pendurada no bico, a me olhar, sem fazer qualquer movimento. Imaginei que devia estar levando comida para sua ninhada, que estaria por perto, certamente, e tentava me despistar. Virei as costas e saí, para tranquilizá-la.
Nesse momento, percebi atrás de mim um vôo muito veloz em direção ao poste da calçada em frente. Pude vê-la entrar pelos espaços de um tranformador e, com alguns raios de sol que ali penetravam, avistei um emaranhado de galhos e ouvi a gritaria dos pequenos filhotes, ansiosos pelo alimento. Não avistei os bichinhos. Só ela, a mãe zelosa, cumprindo a sua tarefa de alimentadora e protetora. Em um ninho construído dentro de um transformador...
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Ninho de Sabiá-laranjeira dentro de um transformador |
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